quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Mistérios da carne

Aí o editor-chefe manda um cara escrever um livro.
Ele pensa, rabisca, apaga. Coça a cabeça, escreve um parágrafo.
Levanta, bebe um copo d'água. Senta, relê e rasga o papel em pedacinhos.
Bate a fome e ele vai fazer um strogonofe. Aí vem a inspiração: "No princípio tudo era o verbo... e o verbo se fez carne."
O editor gostou. O livro é best seller.

Alguns séculos depois, me levanto pra fazer o almoço e espero ter a mesma sorte com a minha tese.
#SQN

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A origem do post

Aí eu vou limpar a carne. Vou jogando as tiras prum lado, os nervos no lixeiro. A cada movimento, uma pausa pra pensar onde jogar. Aí os pensamentos vêm. Filosofia pura. Todo mundo devia (tentar) cozinhar, porque das duas, uma: ou você esquece tudo e fica pensando no que você está fazendo, ou você esquece o que está fazendo e pensa nas coisas importantes da vida. Daí que joguei um nervão dentro da bacia das tirinhas.

Sorte que não foram as tirinhas na lixeira.

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Uma pausa

Você está no meu blog e aqui não tem foto-ostentação dos meus dotes culinários por um simples motivo. (Não, não é isso... Todo blogueiro gosta de aplauso, e eu até colocaria fotos, se não fosse pelo motivo a seguir). Eu cozinho receitas do tipo amador, beginner, modo fácil, café com leite. Minha busca na internet é sempre a mesma: "torta de frango fácil", "assado de panela fácil", "strogonofe fácil" (o de hoje). Então, pra ver foto de comida bonita, siga a Luciana (tem link dela aqui em todo lugar).

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A filosofia

As coisas bestas a gente pensa e repensa. Onde jogar a carne, onde jogar o nervo. Decisões fáceis que se tornam automatizadas. E mesmo assim o nervão cai do lado errado. 

As minhas grandes decisões, na maioria das vezes, foram meio bruscas: a mudança de emprego que levou à mudança de cidade, a cirurgia que me deixou (literalmente) pela metade, a decisão de sair para o doutorado sanduíche. As duas primeiras se mostraram sábias escolhas, apesar de alguns efeitos colaterais. Aguardemos os próximos capítulos.

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PS: ninguém mostre este post pra minha mãe ou minha professora de catequese.

4 comentários:

Danielle Martins disse...

Adoro esse povo que diz que não tem dotes culinários e faz maravilhas!
Saudades de ti!

Nanica disse...

Ai que desejo de um strogonoff fácil-prático-delícia!

Luciana Nepomuceno disse...

Queria que meus momentos culinários rendessem páginas de tese. Humpf.

Lica disse...

<3

Amigas miolísticas

<3