quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Sobre conflitos...

Sou presidenta de um PAD.
Amanhã tem oitiva.
Acabei de terminar uma cerveja.

Não nasci para gerenciar conflitos, nasci para criá-los.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Big bang theory: how I met your F.R.I.E.N.D.S.

Kids, existe um rito a ser seguido aqui. Se você está em bando, você tem duas opções: cada qual no seu smartphone ou, menos comum, conversar pelo método arcaico. Mas se você está sozinho, esperando o seu ônibus, não há saída: é você e o seu telefone esperto.

Mas ontem foi diferente, quase como estar em um sitcom. Foi assim:

Eu estava na parada de ônibus para ir para a universidade. Aqui, a última parada da rota é no ponto A (às X:X0) e a primeira parada da rota é no ponto B (X;X9), e eu moro no ponto C. Às vezes, eu não olho o relógio e desço em A, mas o ônibus está com atraso e chega em B antes de mim... Nesse caso, é uma M... Mas eu divago.

O que eu quero dizer é que, quando o ônibus chega em B, ele geralmente está vazio. Ou quase. Mas não ontem. Quando eu subi, ele já estava quase lotado; mesmo assim eu consegui uma cadeira junto a um grupo de três meninas que estava conversando com 2 rapazes.

Um dos rapazes era o Raj: os traços indianos, meio tímido e ficava balançando a perna, naquele tique nervoso. O outro, um rapaz alto como um pivô de basquete (também meio tímido), era um Sheldon: imune ao papo, jogava no celular e mal levantava a vista para um sorriso amarelo aqui e outro acolá.



Mas não foi a aparência e nem o comportamento dos rapazes do Big Bang que me fez procurar as câmeras escondidas no ônibus. Foram as meninas... Elas pareciam aquele estereótipo de cabeça de vento que acreditam no papo furado de um Joey Tribbiani ou Barney Stinson da vida: bonitinhas, tagarelas matraqueando em uma oitava acima do tom normal. Eu juro que tentei me concentrar no me celular, mas a cada 45 segundos, uma soltava um "Oh My God!" ou "Awesome!".




Mas, enfim, o motorista atendeu minhas preces e logo eu cheguei na minha parada (ainda não no meu destino final): tive que parar no banco primeiro. Pá daqui, pá de lá, peguei outro busão para completar minha jornada. Na parada seguinte, entra uma menina com um LIVRO! Cadê as câmeras??? É pegadinha! "Sério, que dia surreal", eu penso.... Aí, ela senta uns dois bancos à frente, abre o livro e... lá está o iPhone, ufa!

E o mundo volta ao normal.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Dos micos supermercadísticos e suas consequências culinárias... (cont.)

Mico #2 

Aí a pessoa está a mais ou menos um mês numa terra estranha, de medidas estranhas: fahrenheit ao invés de celsius, pounds ao invés de quilos, feet & inches ao invés de metros & centímetros, MPH ao invés de Km/h, dólares ao invés de reais (se bem que todo mundo lá em casa já sabe: quem converte não se diverte)... 

A gente se confunde, né?


Então...

Fui no super again, e na sessão de frutos do mar, aqueles camarões limpinhos. $8,99/lb (o que significa uns R$ 40/kg). Pedi uma libra (porque me confundi na conversão do peso) e achei que estava barato (mas está um pouco caro pro tamanho dos camarões. Mas era o filé, você pode dizer... Enfim...). O cara me deu o pacotinho singelo, de aproximadamente meio quilo (0,453592 kg, para ser exata). 

Cheguei em casa e resolvi deixar o camarão de castigo. Ficou no freezer por quase duas semanas. antes de ontem olhei pro pacotinho mirrado e desci para a geladeira. Segue a lista de ingredientes pro almoço:

* 1 libra de filé de camarão limpo;
* suco de um limão daquele amarelo e grande; 
* sal e pimenta a gosto para temperar o camarão;
* duas xícaras de café forte (manter aquecido na cafeteira);
* 1 libra de macarrão parafuso;


1: Tempere o camarão com o suco do limão, sal e pimenta. 

2: Beba uma xícara de café enquanto pensa no que fazer. Lembre que você tem um molho alfredo pronto na geladeira e acrescente na sua lista de ingredientes. Se você for prendada, faça seu próprio molho, oras.

3: Faça a massa, seguindo as instruções (ou não).

4: Refogue a cebola e o alho no azeite (eu sei, esqueci de listar nos ingredientes). 
* 1 cebola, rudemente picada (não pela força, mas pelo tamanho, pelamordedeus)
* alho picado
* azeite para refogar

5. Acrescente o camarão,  mas não deixe ficar borrachudo. (Não fique provando muito, assim você acaba o camarão). Desligue o fogo quando ele estiver quase no ponto (o que significa que você já comeu uns 3 camarões pra testar).

6. Aqueça o molho pronto numa panela a parte. (Ou faça o seu, sua amostrada). Quando estiver quase no ponto, junte os camarões e deixe o camarão pegar o gosto do molho. Cuidado para não ficar borrachudo (pode comer mais um ou dois para testar o sal - adoro essa desculpa). 

7. A essa altura, a massa deve estar cozida, escorrida. Vá juntando até ficar naquele ponto do macarrão ficar com molho, sem muito excesso, nem muito seco. Aqui, eu acrescentei um pouco de milho verde. 

8. No prato, uma pitadinha de orégano e... voilà.


9. Não estava na lista, mas... comemore o sucesso do almoço com um sorvetinho (o meu foi aquele da Haagen Dasz - yummy).

10. Beba a segunda xícara de café enquanto pensa em como vai conservar as sobras que vão durar um mês na geladeira.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Dos micos supermercadísticos e suas consequências culinárias...

Mico #1

Estava eu passando os olhos nas prateleiras da gôndola e um produto me chamou a atenção:

HOMESTYLE BAKED BEANS

Uau! Feijãozinho caseiro. Me ouricei.

Olhei bem o produto, feijãozinho marrom, caldinho grosso. Yummy!

 

"Me dei bem". Paguei os seis dólares e fiquei esperando a vontade de comer o feijão. Uns dias depois, preparei um arrozinho caprichado no alho e cebola, fiz coxas de frango com batata no forno, Tudo pronto, esquentei uma porção do feijão e fiz aquele prato. Misturei o arroz com feijão, e na primeira colherada.... O feijão era doce. Não, Luciana, não era agridoce. Era doce, doce, doce.

Joguei fora, botei mais arroz e almocei.

Dia seguinte, repensei: não sou mulher de jogar fora 6 dólares. Vamos salvar o feijão!

Passo 1: Tirar o doce. escorri todo o caldo doce e lavei, lavei, lavei o feijão.

Passo 2: Retemperar: processei alho, cebola. Amassei uns grãos de feijão, para refazer o caldo. Adicionei SAL.

Passo 3: Dar novo sabor. Refoguei o feijão no novo tempero, acrescentei água com cuidado, pra o caldo não ficar aguado. Cozinhei em fogo baixo até o feijão pegar o novo sabor.

Passo 4: Partir pro abraço. Pega o arroz, o frango e o novo feijão. Bota um sucão de laranja do lado. Não ficou igual o feijão da mamãe, mas salvei os seis dólares!



O mico # 2 já está por vir, aguarde(m)!

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Mamãe eu quero, mamãe eu quero...

Ok, não vou dar uma de matuta / síndrome de vira lata, mas coisas que eu queria levar comigo (ou ter disponível por lá a um preço acessível):

* A secadora de roupa escândalo que tem aqui na casa (seca igual ao sol de Mossoró, mas é mais prático que estender roupa).

* Esses trocinhos que você bota na máquina de lavar roupa e absorve a cor que solta das roupas coloridas. Funciona!

Era branco, ficou roxo. E as roupas brancas continuam brancas...
* Donuts, bagels, e outras delícias igualmente engordantes... Essa semana falava com minha amiga Kinha, e ela se revoltou com uma foto que postei: por que a gente importa McDonald's e não importa o que realmente importa?

Não a culpo, estava delicioso...
* Ônibus que passam na hora. Já sei certinho o tempo de desligar o computador, me espreguiçar, arrumar as coisas e chegar na parada 1 minuto antes do meu busão chegar.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Coisas que eu sei...

Coisas que eu sei
São coisas que antes
Eu somente não sabia

(...)
Agora eu sei.

Agora eu divido o mundo (leia ambiente) em que vivo em duas categorias: coisas que eu já sabia e coisas que agora eu sei. Porque, convenhamos, coisas que ainda não sei... E, claro, há aquelas que prefiro nem saber... enfim.

#EuJáSabia


Futebol americano É uma paixão. Futebol americano universitário, em uma cidade universitária que não tem um representante forte na liga profissional é mais que uma paixão.  Referências aos Bulldogs em tudo (a moeda universitária - você carrega o seu cartão com Bulldog Bucks e usa nas lojas da universidade e até outras lojas da cidade), os lemas "let the big dawg eat", "how 'bout them, Dawgs!", as frases de apoio nos letreiros dos ônibus (quase não dá pra ler o nome da linha, mas você já sabe que o próximo jogo é contra os Troys). E essas cores... OMG! Minha vida em vermelho em preto.


Voltando ao que eu não sabia, agora eu sei...

E aquela toalhinha quadrada que veio no kit? 30 cm x 30 cm, ficou guardada nas minhas coisas até eu entender que era o substituto da esponja de banho. 

E eu aqui, admitindo publicamente a minha ignorância.

Coisas que eu sei, já sabia mas não tinha pensado muito sobre isso...

Hoje vi umas seis meninas entrando no refeitório para almoçar. Sorriam. Vi pelos seus olhos, porque o resto dos rostos estavam ocultos pelas burcas coloridas. E eu só pensava em como elas devem ter sofrido ao passar no processo de imigração.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Hoje eu vi um esquilo (de novo)

E vi também:

* uma loira daquelas tipo Farrah Fawcett no tempo das panteras. Gente, que cabelo era aquele!

* a paixão pelo futebol americano em quase todas as vitrines, ônibus, placas de carro. (Go Dawgs!)

* que TODAS as universitárias se vestem igual no verão: short + camisa de malha (nada de baby-look) + tênis baixinho, tipo redley. Então sou uma das únicas por aqui a andar de vestido, o que atrai olhares desconfiados, de supresa, e até um elogio inesperado de uma garota, no meu caminho: "that's a beautiful dress!" Aliás, minha roomie Bin Tao todo dia elogia o meu jeito de vestir.

* o comportamento "não entre no meu espaço" que é irritante. Uma garota, sentada entre duas cadeiras vazias no ônibus. Uma outra (xerox autenticada desta: loura, short e camiseta) senta do lado. A primeira, no mesmo minuto, olha de cara feia e vai para a outra ponta.

* a invasão oriental na academia americana. O lugar está cheio de chineses, coreanos, indianos. Já conheci mais de um de cada. :)

That's all, folks!