quinta-feira, 4 de junho de 2009

Porque odeio a dialética

Eu podia estar matando, eu podia estar roubando... mas não, estava no meu cantinho, feliz e contente. Como falei antes de ontem, estava fagueira curtindo o meu arco-íris e pensando com meus botões[1] como eu estava num momento bom da minha vida, e como eu tinha conseguido chegar aqui. Antes da porcaria da dialética cruzar meu caminho, eu gostava de pensar no que as minhas experiências, meus valores e princípios tinham me tornado o que sou hoje. Meu arco-íris nunca me parecera tão colorido.


Pensando dialeticamente, chego a uma síntese provisória[2]: O que sou hoje é fruto das minhas experiências e das minhas não-experiências. Do que eu valido e do que eu refugo. Do que eu amo e do que eu desprezo. Tá, cheguei nesse ponto e ainda não tinha começado a odiar a dialética, porque tudo isso é lindo. O não-eu é quem me faz eu.

Mas meus botões me alertaram para o que eu deixei passar em brancas nuvens[3]: o que sou hoje é fruto das minhas não-viagens, não-leituras, não-filmes assistidos, não-pessoas interessantes conhecidas, não-piqueniques na praia com os amigos, não-fondues degustados...

AAAAHH! Chega, essa dialética me deixa deprê!



[1] Essa expressão é absurdamente machista. Nenhum vestido que usei essa semana tinha botões, assim, no plural. No máximo um zíper mesmo...

[2] Meu Deus, a que ponto eu cheguei!

[3] Chega de metáforas climáticas e religiosas! Alguém troca o playlist do meu Windows media! (adaptação do antigo: vira o disco!)

3 comentários:

Luciana Nepomuceno disse...

Fiquei na dúvida sobre qual post comentar, mas falar de dialética foi golpe baixo. Amei a compreensão clara e exposição mais ainda, embora eu vá dormir com vontade de escrever tudo que não escrevi até hoje, ou seja, meio deprê.

Contra a Maré disse...

Liana, repita comigo... não é Zíper é "riri"... again... "RiRi"

Aline disse...

Poxa, agora voltei a viajar na maionese...!