sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Big bang theory: how I met your F.R.I.E.N.D.S.

Kids, existe um rito a ser seguido aqui. Se você está em bando, você tem duas opções: cada qual no seu smartphone ou, menos comum, conversar pelo método arcaico. Mas se você está sozinho, esperando o seu ônibus, não há saída: é você e o seu telefone esperto.

Mas ontem foi diferente, quase como estar em um sitcom. Foi assim:

Eu estava na parada de ônibus para ir para a universidade. Aqui, a última parada da rota é no ponto A (às X:X0) e a primeira parada da rota é no ponto B (X;X9), e eu moro no ponto C. Às vezes, eu não olho o relógio e desço em A, mas o ônibus está com atraso e chega em B antes de mim... Nesse caso, é uma M... Mas eu divago.

O que eu quero dizer é que, quando o ônibus chega em B, ele geralmente está vazio. Ou quase. Mas não ontem. Quando eu subi, ele já estava quase lotado; mesmo assim eu consegui uma cadeira junto a um grupo de três meninas que estava conversando com 2 rapazes.

Um dos rapazes era o Raj: os traços indianos, meio tímido e ficava balançando a perna, naquele tique nervoso. O outro, um rapaz alto como um pivô de basquete (também meio tímido), era um Sheldon: imune ao papo, jogava no celular e mal levantava a vista para um sorriso amarelo aqui e outro acolá.



Mas não foi a aparência e nem o comportamento dos rapazes do Big Bang que me fez procurar as câmeras escondidas no ônibus. Foram as meninas... Elas pareciam aquele estereótipo de cabeça de vento que acreditam no papo furado de um Joey Tribbiani ou Barney Stinson da vida: bonitinhas, tagarelas matraqueando em uma oitava acima do tom normal. Eu juro que tentei me concentrar no me celular, mas a cada 45 segundos, uma soltava um "Oh My God!" ou "Awesome!".




Mas, enfim, o motorista atendeu minhas preces e logo eu cheguei na minha parada (ainda não no meu destino final): tive que parar no banco primeiro. Pá daqui, pá de lá, peguei outro busão para completar minha jornada. Na parada seguinte, entra uma menina com um LIVRO! Cadê as câmeras??? É pegadinha! "Sério, que dia surreal", eu penso.... Aí, ela senta uns dois bancos à frente, abre o livro e... lá está o iPhone, ufa!

E o mundo volta ao normal.

Um comentário:

Luciana Nepomuceno disse...

Eu ri. Especialmente da parte dos livros. Eu sou ~arcaica ~ ainda prefiro conversar e ler. Mas comparando com quem eu era em 2009 quando você fez meu primeiro blog, já não faço tão feio nas turminhas.