Por toda minha vida, nunca fui muito fã desse bicho. Talvez porque ele fizesse muita raiva à minha mãe. A partir de março e durante todo o mês de abril, impreterivelmente, ele rondava a nossa casa, o escritório do meu pai, encurralando-o. E a mamãe se zangando com os atrasos na hora do jantar...
Depois, fui crescendo e assumindo meu lugar na cadeia alimentar: como comida de leão, obviamente. Primeiro, na árdua tarefa de ajudar o meu genitor nas suas trilhões de declarações, depois, sendo, de fato, agredida por esse bicho feroz.
Hoje, pela primeira vez na vida, tenho pressa de enfrentar a fera. Nas minhas previsões, à la Mãe Diná, vai dar samba. Quer dizer, vai dar troco... Domei o leão! E, a decorrência deste fato histórico: o que fazer com os trocados que o leão me deixou de herança?
a) Comprar uma TV maior pra ver a copa do mundo? (mesmo que a tv venha antes do que a re$tituição e que eu deteste o time do Dunga?)
b) Ajudar a pagar a mudança para Mossoró?
c) Depositar integralmente na conta conjunta, para ser consumido em fraldas, comida e escola?
d) Torrar de maneira descontrolada?
e) Convencer o maridão a viajar numa segunda lua-de-mel?
Hmmm... perguntinha difícil. Confesso que a A, D e E são tentadoras; a C seria a opção politicamente correta, e a B, bom, seria a mais óbvia...
Entre a necessidade e a vontade, dessa vez, (snif, snif...) fico com a necessidade...
Um comentário:
Pois bem, depois de soltas gargalhadas, devo admitir que eu queria mesmo, mesmo, com a minha suposta restituição era comprar uma banheira. Mas vou ficar com a opção mudança pra Mossoró.
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