sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Mamãe eu quero, mamãe eu quero...

Ok, não vou dar uma de matuta / síndrome de vira lata, mas coisas que eu queria levar comigo (ou ter disponível por lá a um preço acessível):

* A secadora de roupa escândalo que tem aqui na casa (seca igual ao sol de Mossoró, mas é mais prático que estender roupa).

* Esses trocinhos que você bota na máquina de lavar roupa e absorve a cor que solta das roupas coloridas. Funciona!

Era branco, ficou roxo. E as roupas brancas continuam brancas...
* Donuts, bagels, e outras delícias igualmente engordantes... Essa semana falava com minha amiga Kinha, e ela se revoltou com uma foto que postei: por que a gente importa McDonald's e não importa o que realmente importa?

Não a culpo, estava delicioso...
* Ônibus que passam na hora. Já sei certinho o tempo de desligar o computador, me espreguiçar, arrumar as coisas e chegar na parada 1 minuto antes do meu busão chegar.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Coisas que eu sei...

Coisas que eu sei
São coisas que antes
Eu somente não sabia

(...)
Agora eu sei.

Agora eu divido o mundo (leia ambiente) em que vivo em duas categorias: coisas que eu já sabia e coisas que agora eu sei. Porque, convenhamos, coisas que ainda não sei... E, claro, há aquelas que prefiro nem saber... enfim.

#EuJáSabia


Futebol americano É uma paixão. Futebol americano universitário, em uma cidade universitária que não tem um representante forte na liga profissional é mais que uma paixão.  Referências aos Bulldogs em tudo (a moeda universitária - você carrega o seu cartão com Bulldog Bucks e usa nas lojas da universidade e até outras lojas da cidade), os lemas "let the big dawg eat", "how 'bout them, Dawgs!", as frases de apoio nos letreiros dos ônibus (quase não dá pra ler o nome da linha, mas você já sabe que o próximo jogo é contra os Troys). E essas cores... OMG! Minha vida em vermelho em preto.


Voltando ao que eu não sabia, agora eu sei...

E aquela toalhinha quadrada que veio no kit? 30 cm x 30 cm, ficou guardada nas minhas coisas até eu entender que era o substituto da esponja de banho. 

E eu aqui, admitindo publicamente a minha ignorância.

Coisas que eu sei, já sabia mas não tinha pensado muito sobre isso...

Hoje vi umas seis meninas entrando no refeitório para almoçar. Sorriam. Vi pelos seus olhos, porque o resto dos rostos estavam ocultos pelas burcas coloridas. E eu só pensava em como elas devem ter sofrido ao passar no processo de imigração.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Hoje eu vi um esquilo (de novo)

E vi também:

* uma loira daquelas tipo Farrah Fawcett no tempo das panteras. Gente, que cabelo era aquele!

* a paixão pelo futebol americano em quase todas as vitrines, ônibus, placas de carro. (Go Dawgs!)

* que TODAS as universitárias se vestem igual no verão: short + camisa de malha (nada de baby-look) + tênis baixinho, tipo redley. Então sou uma das únicas por aqui a andar de vestido, o que atrai olhares desconfiados, de supresa, e até um elogio inesperado de uma garota, no meu caminho: "that's a beautiful dress!" Aliás, minha roomie Bin Tao todo dia elogia o meu jeito de vestir.

* o comportamento "não entre no meu espaço" que é irritante. Uma garota, sentada entre duas cadeiras vazias no ônibus. Uma outra (xerox autenticada desta: loura, short e camiseta) senta do lado. A primeira, no mesmo minuto, olha de cara feia e vai para a outra ponta.

* a invasão oriental na academia americana. O lugar está cheio de chineses, coreanos, indianos. Já conheci mais de um de cada. :)

That's all, folks!


sábado, 6 de setembro de 2014

"No ar!" (com a voz do Galeão Cumbica)

Minha história começa no terceiro voo da jornada. Os dois primeiros foram normais, dormi demais no primeiro, não consegui dormir no segundo. Já estava cansada quando cheguei ao terceiro, mas esse foi tão bom, mas tão bom que merece destaque.

A aeronave era bem pequena, de uma empresa associada à AA. Cabiam 50 passageiros, e a comissária (que vou chamar de Kat) ficava contando e conferindo com a lista dela (saída daquelas impressoras matriciais). Eu JURO que me senti na rodoviária de Mossoró saindo em um ônibus da Nordeste.

Aí, pela porta lateral, vizinha à minha cadeira, veio um cara abastecer a aeronave com comes e bebes. Eu até estranhei as comidas porque era um voo curto, mas tudo bem. O que vale o destaque era a careta dele quando abria os pequenos compartimentos, parecia que estava tudo fora de lugar. Enquanto isso, a Kat fazia de conta que não era com ela.

Bom, deixa eu descrever a Kat: uns cinquenta anos, loura, alta e magra mas com uma barriguinha saliente (o botão da calça não fechava, ela usava um cinto e as pontas ficavam sobrando). Luciana, me pergunta inbox e eu te digo quem é a CARA dela.

Ok, o cara termina e sai pela portinha. Aí ela vai lá e bagunça tudo de novo, ao seu estilo. Quando pega um saco de canudos, derruba tudo. Cá comigo, eu penso: como todo americano é obcecado pelo certinho, vai tudo pro lixo... Nada! (nota mental: não aceitar canudos na bebida). Aí ela põe tudo no saquinho de novo e lasca em outro compartimento. Fica nessa brincadeira de mudar as coisas de lugar até a hora de levantar voo . Aí, tchans! Ao invés de "ladies and gentleman", ela solta um "hi, folks" :) Ganhou meu voto... Ela veio servindo as bebidas e tal (graças a Deus, nenhum canudo) e voltou para a casinha dela, vizinha à minha cadeira. Abre um compartimento e tira....

...uma sacola estilo essas, de sacoleiras do Paraguai. Puxa dois sacos plásticos (de mercantil, mesmo). Checa os dois, devolve um. Abre um respeitável pote de doce de frutas em caldas (meio quilo, aprox.), puxa uma colher e uma revista tipo Marie Claire da sacola e pá, pá, pá... Como se tivesse na sala de casa. De vez em quando o piloto chama, ela reluta em deixar a revista, atende e volta. Termina o doce quase todo, devolve o pote à sacola, e faz a volta recolhendo os copos da galera, que só teve direito à bebida. Deixa o saco de lixo amarrado junto à porta de serviço, olha o relógio, pondera... É, dá tempo. Compartimento. Sacola. Saco ziploc cheio de batata do tipo Pringles. Batata. Revista. Batata. Revista. E o cheiro no mundo. O piloto avisa que vamos descer, e ela em pé. Batata. Revista. No último minuto antes da descida, a última batata. Limpa as mãos num desses lenços umedecidos, pega o telefone e fala com a gente de novo: "Folks, 'tamo chegando. Bem vindos à Atlanta!"